Teatro do Motim
sábado, 1 de março de 2008
terça-feira, 16 de janeiro de 2007
E agora pra onde vamos...
Levanta de manhã e põe a cara na janela,
olhando a paisagem do lugar em que cresceu.
Pensa num tempo que já aconteceu.
Olha a igreja evangélica e o boteco do Rubão.
Puta que pariu! O ponto é no outro quarteirão!
Com o bilhete único no meio do busão,
mais um código de barras integrando a multidão.
Duas horas já passaram e ele está no Paraíso,
se confunde entre patys, boys, executivos,
tipos alternativos, são todos ostensivos.
Vai pra uma festinha no Itaim Bibi:
música legal, um vinho do bom,
o lugar não é dele, nem é dele a geração
Existe também uma questão de classe,
então disfarce,
seja discreto,
2006 na selva de concreto.
Então dois mundos se chocam em frente ao rapaz
e no choque ele percebe, voltar não dá mais.
Não sabe o que fazer, não sabe o que dizer,
não sabe como agir, pois é, não tem como fugir.
E na busca dessa tal dignidade,
liberdade, igualdade, fraternidade,
o rapaz foi consumido pela cidade.
O pacto foi feito, não tem jeito.
Agora é segurar esta angústia dentro do peito.
Enquanto nessa busca não encontra o refrão,
vai caminhando, cantando e seguindo a canção.
[música resultado do Processo Macário, autoria de Danilo Minharro.]
Ao término do processo anterior - Paisagens Românticas -, questões e inquietações surgiram como resultado mesmo da pesquisa que enunciou o trajeto pela cidade e o olhar do grupo sobre este trajeto. Um dos pontos desse olhar é a origem dos próprios integrantes do grupo, sugerindo questões como: Quais potencialidades emergiram neste lugar de onde vem o grupo? Como se lida com ela? Qual a relação dela com a cidade? O grupo pretende então aprofundar esta pesquisa, procurando observar e refletir sobre os lugares físicos e afetivos que compõe essa paisagem.
Se anteriormente o grupo trabalhou com a trajetória pela cidade - o caminho para a escola, para o trabalho, para a vila - apresentando a rua de fora dela, uma outra necessidade emerge neste momento: a de se estabelecer uma proximidade ainda mais intensa com a rua, como se, reconhecendo o pacto com a cidade e a impossibilidade de se retornar pelo caminho já percorrido, fosse o momento então de assumir esse contato com a rua e se ir radicalmente em direção a ela.
Discussão Final do Processo Paisagens Românticas
sábado, 14 de outubro de 2006
quinta-feira, 7 de setembro de 2006
quarta-feira, 6 de setembro de 2006
PROCESSO MACÁRIO
Bruna Amado
Cristiane Avelar
Danilo Minharro
Marcos Cruz
José Fernando Peixoto de Azevedo
Brina Ribeiro e Luciano Carvalho
Yane Santiago
Grêmio da Poli - USP
De 05/08 à 01/10.
Rua Afonso Pena 272, Bom Retiro.
Próximo ao metrô Tiradentes.
segunda-feira, 31 de julho de 2006
sábado, 18 de março de 2006
Nova Invasões Bárbaras
À espera do inimigo, um exemplo provisório
De diferenciação pura, não ocultando o resto
O que não podia ser solucionado na transformação irremediável
E voltaram cada um novamente ao seu trabalho.
Heiner Muller (Horácio)
16:00 às 18:00 - Conversa dos grupos sobre os temas levantados.
18:00 às 19:00 - Apreciação das cenas e finalização.
19:00 às 20:00 - Festa de confraternização e encerramento.
R: Afonso Pena, 272
Bom RetiroPróximo à estação Tiradentes do Metrô
Divulguem !!!
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006
Quando surge o Motim
A poética romântica, a pergunta sobre o papel do romantismo no Brasil do século XIX, a figura da juventude e o modo como ela aparece não apenas nos textos, mas no retrato dos próprios poetas, como Alvares de Azevedo, morto jovem, e a sedução inevitável dos apelos de suas imagens, tudo isso confirmava o interesse sobre a matéria e o desejo de ir mais a fundo no trabalho com o texto de "Macário".
É assim que surge o TEATRO DO MOTIM, nome que confirma um impulso juvenil, mas que também define a força de insubordinação e liberdade que a arte nos concede...